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Obesidade e Sobrepeso

Atualizado: 16 de ago. de 2021



Qual é o critério de obesidade?

A obesidade já se tornou uma das mais importantes epidemias do mundo moderno. Engana-se quem a trata apenas como um problema estético ou de aceitação social. A obesidade é uma doença com mortalidade proporcional ao grau de sobrepeso. Quanto maior, mais grave.


Existem duas formas clássicas de avaliar se o seu peso pode trazer problemas a sua saúde. A primeira é o índice de massa corporal (IMC), que serve para avaliar se o seu peso está adequado em relação a sua altura. É através do IMC que habitualmente fazemos o diagnóstico da obesidade.


A segunda forma é através da relação entre o comprimento da cintura e do quadril. Essa avaliação é feita em todos os pacientes com IMC acima de 25 kg/m² e serve para o diagnóstico da obesidade central, que é uma forma de obesidade mais associada com o surgimento de doenças cardiovasculares.


Vamos falar um pouquinho sobre essas duas avaliações.


IMC

O método mais usado para avaliar obesidade é o índice de massa corporal. É um cálculo simples no qual dividimos o peso pelo quadrado da altura, ou seja:


IMC = Peso (em quilos) ÷ altura² (em metros)


Exemplos: a) Uma pessoa de 110 kg e 1,60 m: – IMC = 110 kg ÷ (1,60 m x 1,60 m) = 42,96 kg/m²

b) Uma pessoa de 75 kg e 1,80 m: – IMC = 75 kg ÷ (1,80 m x 1,80 m) = 23,14 kg/m²


A classificação baseada no IMC é a seguinte:

· Baixo peso: IMC menor que 18,5 Kg/m²

· Peso normal: IMC entre 18,5 e 24,9 Kg/m²

· Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9 Kg/m²

· Obesidade grau I: IMC entre 30 e 34,9 Kg/m²

· Obesidade grau II: IMC entre 35 e 39,9 Kg/m²

· Obesidade mórbida: IMC maior que 40 Kg/m²


O exemplo “a” se enquadra no diagnóstico de obesidade mórbida, enquanto que o exemplo “b” é de uma pessoa com peso normal.


Obs: a fórmula acima não se aplica a pessoas com grande massa muscular, pois a mesma costuma enquadrá-las na categoria de sobrepeso, ou até obesidade, mesmo apresentando baixo percentual de gordura no corpo.



Relação entre o comprimento da cintura e do quadril

Todas as pessoas com IMC maior que 25 kg/m² devem ter a circunferência abdominal medida. Homens e mulheres com cintura maior que 102 cm e 88 cm, respectivamente, apresentam maiores riscos de desenvolver doenças relacionadas à obesidade.



A chamada obesidade central é a que traz maior risco de doenças cardiovasculares e morte precoce. Pessoas com acúmulo de gordura na região abdominal apresentam a chamada gordura visceral, que é o excesso desta em volta dos órgãos.


O acúmulo de gordura predominantemente nas coxas e quadris oferece menor risco, pois apresenta menor acometimento dos órgãos internos. É o corpo em forma de maçã versus o corpo em forma de pera.

Uma outra maneira de avaliar a gordura central é através da relação entre o comprimento da cintura e do quadril. Valores maiores que 1 em homens e 0,8 em mulheres indicam maior risco de doenças relacionadas a obesidade.


» Gordura central: cintura/quadril maior que 1,0 em homens ou maior que 0,8 em mulheres


A partir de 35 Kg/m² essas medidas perdem valor já que todos apresentam maior incidência de doenças.


O que é a síndrome metabólica?

É considerado portador da síndrome metabólica, também chamada de síndrome X, os indivíduos que possuem pelo menos 3 dos 5 critérios abaixo:


· Circunferência abdominal maior que 102 cm em homens e 88 cm em mulheres

· Níveis de triglicerídeos sanguíneos maiores que 150 mg/dl

· Colesterol HDL (colesterol bom) menor que 40 mg/dl em homens e 50 mg/dl em mulheres

· Pressão arterial maior que 130 /85 mmHg

· Níveis de glicose em jejum maiores que 100 mg/dl Pessoas obesas e/ou portadoras da síndrome metabólica apresentam maiores riscos de desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares.


Pessoas com excesso de peso apresentam maior morbidade (existência de doenças associadas) e maior mortalidade do que pessoas com peso normal. A simples presença de sobrepeso já é suficiente para reduzir a expectativa de vida. O risco de morte chega a ser 3 vezes maior em obesos do que em pessoas com IMC normal.


Ao contrário do que se possa pensar, o tecido adiposo (gorduroso) não é simplesmente um monte gordura inativa. É na verdade um tecido metabolicamente ativo produtor de enzimas que causam resistência ao funcionamento da insulina, elevação da pressão arterial, aumento do depósito de colesterol nos vasos e outras ações que elevam a morbidade do paciente obeso.





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